quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O modelo biomédico e o efeito placebo


O pressuposto da individualidade, como prega o físico Fritjof Capra em seu livro “Ponto de Mutação”, criou vários dos atuais paradigmas, tais como a idéia de que o trabalho mental é superior ao trabalho manual e por isso deve ser melhor remunerado, ou de que os médicos nem sempre necessitam considerar a dimensão psicológica das doenças e os psicoterapeutas não devem lidar com o corpo de seus pacientes.
Tudo isso influenciou de forma fundamental para a criação do conceito do modelo biomédico, onde acredita-se ser possível alcançar resultados de cura apenas intervindo nas “peças desajustadas da máquina” por meios físicos ou químicos, desconsiderando totalmente o potencial curativo que o próprio corpo humano possui e que diversas vezes já foi demonstrados nos chamados efeitos placebo, as curas ocorridas mediante a posologia de medicamentos sem o princípio ativo necessário para cura química.
Informações sobre esses impressionantes casos de cura ocorridos com a utilização de medicamentos considerados sem eficácia cientificamente comprovada são facilmente encontrados, até mesmo com uma vasta literatura de estudos científicos relatando os dados obtidos.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

O desenvolvimento do paradigma atual


Segundo relatos históricos, a medicina moderna, desenvolvida e praticada no Ocidente, teve origem na Grécia, através dos estudos e aplicações dos conhecimentos de Hipócrates, entre o V e o IV século a.C., seguido pelos avanças de outro grego, Galeno, no primeiro século da era cristã.
Durante a Idade Média, foram os religiosos que assumiram o papel de praticar a arte da cura, como era conhecida na época, através de métodos onde a mente e o corpo tornavam-se cada vez mais separados, sendo tratados cada qual de maneira as vezes até adversa.
Essa divisão cartesiana entre matéria e mente, fruto do desenvolvimento do pensamento ocidental baseado na visão reducionista surgida após a interpretação dos conceitos de Isaac Newton, Renê Descartes e Francis Bacon, foi a responsável pela cultura de egos individuais, tão danosa à vida particular e social nos dias de hoje.
Aqueles que estudaram suas teorias não perceberam que a saúde de um sistema depende do equilíbrio entre integração de seus componentes, fundamental para a convivência, e auto-afirmação individual, necessária à sobrevivência.
Não queremos afirmar que a interpretação reducionista dos organismos não seja útil ou não tenha espaço, mas considerá-la o método completo de diagnóstico e cura é muito perigoso e, por vezes, ineficiente.

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A sabedoria dos antigos


Ao aplicarmos essa sabedoria nos dias de hoje vemos que a medicina moderna, a psicologia e as terapias alternativas deveriam trabalhar paralelamente, assim como já praticavam os antigos curandeiros, mestres e xamãs em suas técnicas de cura, que, apesar de rudimentares; detectavam o problema, receitavam suas ervas ou intervinham com massagens e acupuntura e conduziam seus rituais de purificação e cura.
Tratavam dos doentes com uma metodologia semelhante a atual, mas mais completa, mesmo sendo rudimentar. Em resumo, faziam o diagnóstico, aplicavam plantas conhecidas ou intervinham com procedimentos de ações anatômicas, tanto no aspecto físico como no aspecto energético, através dos chacras e meridianos, e completavam com o reequilíbrio psicológico, social e espiritual.
Além disso, conseguiam conceber a doença como um distúrbio que envolvia muito mais do que esse ou aquele órgão, pois viam-na como uma disfunção do ser como um todo.
Mas a racionalidade ocidental mudou as regras do jogo, relegando a segundo plano o conhecimento empírico dos curandeiros e acabando por empurrar para as tribos e comunidades isoladas o uso e progresso dessas técnicas.
Já a rica tradição oriental, com suas filosofias que vão desde o extremo materialismo ao extremo idealismo, abraçou o conhecimento dessas metodologias de tratamento e o desenvolveu de maneira a alcançar grandes progressos no processo de cura.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)