segunda-feira, 25 de julho de 2011

Projeto Prisma

Projeto Prisma é um novo conceito para o Desenvolvimento Humano baseado na idéia do livro “Sociedade dos Sete Caminhos”, de minha autoria.
A idéia central é trabalhar no ser de forma integral, usando como ponto de referência a essência de cada pessoa, aquela fonte a qual chamamos de centelha divina.
Assim como no prisma, onde a luz que incide sobre ele se divide em um arco-íris num efeito conhecido como refração ou difração, a luz interior de cada indivíduo, ao refletir no mundo exterior, se divide nas nuances criadas como sua personalidade.
Somos diariamente decompostos em várias facetas ou personas: o ser familiar, o ser profissional, o ser social, o ser amante, o ser guerreiro, o ser companheiro, o ser religioso. Mas a fonte de todas essas máscaras sociais continua sendo uma única. Portanto, assim como o prisma de cristal, decompomos a luz divina que nos alimenta em vários semitons e o propósito do projeto é justamente o desenvolvimento do indivíduo pela fonte.
Tratar dessas nuances separadamente pode até ser útil em alguns aspectos, mas a verdadeira evolução se dá quando cuidamos do nosso ser como um todo. Quanto mais forte for a luz em sua origem mais intensa será qualquer uma de suas cores.
A proposta é a busca pelo auto-conhecimento através de meios teóricos, com conversas filosóficas, teológicas e científicas, e por métodos práticos como exercícios de meditação e dinâmicas para o despertar da consciência, baseado nas técnicas já citadas nesse blog e do despertar xamânico sugeridas pelo psiquiatra tcheco Stanislav Grof em suas obras sobre o assunto.
Fortalecendo a essência, intensificamos positivamente todos os aspectos da pessoa, revelando sua verdadeira qualidade como pai, mãe, filho, filha, marido, esposa, irmão, profissional, colega, amigo, companheiro, enfim, como um ser humano completo.
Queremos, com isso, ajudar as pessoas e, como conseqüência, a nós mesmos, a galgar mais um degrau na escada da evolução humana ou, ainda, na escada da evolução do universo como um Todo.
Em postagens futuras exporemos um pouco mais sobre como deverá ser desenvolvido esse projeto, que acreditamos ser profundo e valioso.
Se você é como nós e acredita ser possível aquilo que muitos chamam de utopia, continue nos visitando e tomando contato com essa idéia.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Dimensões Humanistas

O Humanismo, uma linha filosófica surgida no final da Idade Média, tem como base três aspectos importantes de desenvolvimento humano, conhecidas como a tríplice dimensão da Pessoa Humana: a consciência, o amor e a liberdade.
Embora seja uma escola que coloque o ser humano no centro, o que contraria um pouco a visão holística, suas premissas principais buscam a ética e o desenvolvimento das relações humanas.
Pois bem! Vamos analisar individualmente suas dimensões e ver o que podemos extrair desse aprendizado, agregado ao holismo.
A dimensão da consciência é a transcendência da soma de nossas experiências, o ultrapassar das fronteiras estabelecidas por nossos conhecimentos empíricos ou vivenciais. Ao darmos ênfase a essa nossa dimensão, acabamos por conseguir suplantar os limites da ciência e alcançamos a compreensão de nossa essência mais profunda.
A partir do momento em que se compreende essa idéia, percebe-se que todos nós somos frutos de uma mesma substância fundamental e que por isso, em essência, somos todos um só, embora a superfície seja composta de histórias diferentes, contextos individuais, etc.
É onde entra a dimensão do amor, aquela que nos conduz ao altruísmo, a viver o Eu e o Tu na extensão do Nós.
Existe, é claro, uma individualidade advinda de nossa herança genética, de nossa experiência de vida, de nossos erros e descobertas, mas é justamente ao compreender que essa singularidade é apenas a capa que encobre nosso âmago, que nos alimenta a ilusão de separar-nos naquilo que somos inseparáveis, é aí que nos aceitamos em nossa condição de humanos. É aí que permitimos que o outro possa viver como outro, mesmo sendo um conosco.
Entramos, finalmente, no domínio da dimensão da liberdade, aquela que vai além do mero entendimento de que posso fazer qualquer coisa.
A liberdade é a mais ambígua das três dimensões, uma vez que nela seu prêmio pode ser também seu preço. Vivemos em busca desse ideal, embora ele não nos seja possível como conceito puro, já que interagimos com nosso meio social e acabamos por cumprir regras, mesmo que inconscientemente.
Mas é justamente ao alcançarmos nossa liberdade dentro de um contexto de regras, ao transcendermos o entendimento de limitação que uma regra pode nos impor, é que conseguimos realizar essa dimensão humana.
Em resumo, a observação ética dessas dimensões, a aplicação consciente desses aspectos de cidadania, são a chave para uma compreensão humanista da vida, quer seja social, individual, cultural ou espiritual.

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Ainda sobre ego e essência


Sei que podem ter ficado algumas dúvidas sobre o “imã” e a “fonte”, do tipo: “Se a fonte é de dentro para fora, porque quando buscamos o auto-conhecimento nos é dito para irmos para dentro?”; ou talvez: “Se tudo na existência é cíclico, não devemos praticar os dois movimentos, tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro?”.
Na verdade, ambos os movimentos acontecem nos dois casos. O que muda é a direção ou o sentido do que poderíamos chamar de intenção e recompensa.
No movimento do ego, a intenção tem o sentido de dentro para fora, onde a pessoa avança em direção ao espaço que a envolve para tentar recolher o que lhe falta e, ao retornar, traz para junto de si aquilo que chamaremos de recompensa, no afã de se sentir preenchido. Mas, como já vimos no texto “O imã e a fonte”, isso normalmente não acontece.
Então a pessoa reinicia o ciclo de lançar-se para fora de seu ser em busca de algo inatingível, perpetuando assim um círculo vicioso e danoso à sua evolução.
Já o movimento de auto-conhecimento inverte esse sentido. Primeiro, agimos na intenção de nos interiorizarmos, na busca pelo ponto onde todas as potencialidades estão latentes. Ao alcançá-lo, acabamos por desenvolver um alto grau de compreensão, espalhando toda recompensa para ambiente a nossa volta, como a fonte que jorra a “água viva”.
Podemos dizer, também, que o íntimo de nossa natureza é como a essência de uma rara fragrância que, ao ser tocada, espalha seu aroma por tudo ao seu redor.
Portanto, o ego movimenta-se primeiro de dentro para fora e depois traz consigo o que consegue, de fora para dentro; no sentido contrário, a essência submerge de fora para dentro e, ao atingir o âmago, flui e espalha-se de dentro para fora.
E então, qual é o sentido que você pretende dar a sua vida?

(Autor: Alex Francisco Paschoalini)