terça-feira, 30 de agosto de 2011

Entrando em Emergência Espiritual


Animada por uma luz tênue
Ela se esforçou por obter mais luz
Até sua matéria se despedaçar,
Libertando-a exuberante.
Agora, flutuando alto,
Tremulando ao Sol,
Ela despreza a Terra.
Entenderá ela, algum dia,
Que a luz também está aqui,
Iluminando a terra,
Seus filhos, amigos e amantes,
Aqui e agora?

De uma mãe cuja filha passava por uma emergência espiritual, extraído do livro “A tempestuosa busca do ser”, de Stanislav e Christina Grof

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Respiração Holotrópica

Dando andamento ao Projeto Prisma, gostaríamos de falar um pouco sobre a principal ferramenta prática de nosso centro, a Respiração Holotrópica.
A base dessa técnica já foi citada na publicação “Técnicas de Meditação – 02” e nela fomos alertados por um de nossos leitores do fato de não termos citado o psiquiatra tcheco Stanislav Grof.
Na verdade, a técnica foi trazida do Oriente e desenvolvida de forma paralela e semelhante por alguns interessados no assunto, como o americano Leonard Orr. Em nosso caso, o contato com ela veio através de uma escola indiana e que a denominava Respiração Circular.
De qualquer forma, os experimentos feitos por esses estudiosos elevaram a técnica a um patamar de grande importância no tratamento psico/físico do indivíduo através da utilização das chamadas forças espontâneas de cura.
Grof é um dos mais entusiastas estudiosos do assunto, agregando à técnica alguns aspectos xamânicos e conhecimentos primitivos dos grandes curandeiros.
A catarse provocada pela técnica pode ser capaz de trazer ao indivíduo curas e compreensões profundas sobre si mesmo, principalmente àqueles que estão passando pelo que Grof chama de Emergência Espiritual.
Em nosso Centro, usamos a técnica para despertar um estado alterado de consciência onde o indivíduo consegue defrontar-se com sua história passada ou com seu universo existencial infinito e, a partir disso, ressignificar os fatos, amenizando traumas, diminuindo dores, curando medos e fobias, compreendendo seus potenciais inatos, enfim, tornado-se mais completo e auto-consciente.
Alguns elementos novos estão sendo adicionados à técnica no intuito de otimizar os resultados e os participantes têm a oportunidade de não só experimentar como também assistir de forma participativa a aplicação da terapia, no intuito de compreender melhor seus efeitos e benefícios.
Esperamos, com isso, alcançar novos horizontes no desenvolvimento humano para nosso grupo e que este leve adiante a mensagem para as pessoas de sua convivência.
Se você também busca algo mais para sua existência, está convidado a conhecer nosso trabalho!
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

sábado, 20 de agosto de 2011

Para meu pai


As pessoas tem o costume de dizer que, onde quer que você esteja, está me vendo e vivenciando cada uma das minha experiências. Não sei se é realmente assim mesmo. As vezes gosto de pensar que sim, que ainda participo de sua existência e você da minha, de alguma maneira.
Mas prefiro pensar que sua consciência - não, sua essência - seguiu em frente, e não se prendeu a mim ou a nada aqui. Pois não gostaria que seu espírito se prendesse a este mundo, quando deve seguir em frente, rumo ao próximo passo de sua existência.
O que você foi pra mim, o que significou, vai sempre estar presente aqui dentro. Você é parte de mim, e me ajudou a me tornar o homem que sou hoje. Gosto de pensar que você seguiu em sua jornada acreditando que me preparou o suficiente para andar com minhas próprias pernas e seguir com a minha vida.
Onde quer que você esteja espero que saiba que mesmo que sinta orgulho de mim, isso não se compara ao orgulho que eu sinto por ter vivido ao seu lado, por ter aprendido tanto com você e por ter tido você como amigo, companheiro e, principalmente, como pai.
Um dia desses, a gente se encontra de novo.
Amo você.

(Autor: Jean Roberto Paschoalini – publicado em seu Facebook)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Auto-conhecimento ou auto-ajuda?

        “Conhece-te a ti mesmo”
                   Inscrição que era vista
                   na entrada do
                   Templo de Delphos,
                   Grécia

Outro assunto que costuma causar confusão entre os menos avisados é a diferença entre auto-conhecimento e auto-ajuda.
Quero deixar claro, antes de mais nada, que nosso centro especializa-se em métodos para desenvolver o auto-conhecimento.
O que os difere, então?
A auto-ajuda baseia-se em técnicas que permitem com que as pessoas busquem melhores condições externas, tais como um melhor emprego, um relacionamento amoroso, melhor condição financeira ou social, melhora na saúde, etc.
Analisando o que foi dito no texto “Projeto Prisma”, a auto-ajuda colabora com uma ou duas cores do espectro de nossa personalidade. Por isso, um ganho alcançado pela auto-ajuda nem sempre torna a pessoa mais completa ou evoluída, já que satisfaz apenas parte do ser humano.
O auto-conhecimento, no entanto, age diretamente na essência do indivíduo. São técnicas que buscam trazer a luz nossas potencialidades e limitações. É um processo exclusivamente interno, de valorizar a fonte essencial e divina de cada um.
Ao compreendermos nossas potencialidades podemos desenvolvê-las e, paralelamente, percebendo nossos limites, podemos transcendê-los e ampliá-los, tornado-nos pessoas melhores.
Ter um bom emprego, ser bem relacionado nos vários aspectos sentimentais e sociais, ter uma vida financeiramente próspera, estar saudável física e mentalmente, acabam sendo conseqüências naturais dessa atitude de conhecer-se a si próprio, embora alcançá-las geralmente não seja o grande objetivo de quem atinge tal estágio.
A meta maior sempre será tornar-se um ser humano mais desenvolvido enquanto parte de um todo maior, mesmo que viva em condições humildes e com a saúde emocional e espiritual bem mais ajustada que a física.
Talvez possa parecer que sou contra textos ou técnicas de auto-ajuda. De maneira alguma! Elas tem seu espaço, seu valor, seu público cativo e, em certos momentos, sua grande importância. Porém, é fundamental que se compreenda o que é uma coisa e o que é outra.
Grande parte da confusão sobre o assunto é de responsabilidade da mídia, que, mal informada ou mal intencionada, acaba por colocar tudo o que se refere a ambos num mesmo balaio. E os desavisados, muitas vezes acabam comprando gato por lebre, trazendo um grande prejuízo àqueles que buscam seu verdadeiro crescimento individual, preso nas esferas da ascensão social ou pessoal proposta pela auto-ajuda.
Enquanto a auto-ajuda tende a ser imediatista, em parte, como reflexo de nossa sociedade atual, o auto-conhecimento pode levar tempo, uma vida inteira às vezes, para alcançar seu ápice. Porém, depois de alcançado, não há mais o que o derrube.
Parafraseando o chinês Lao-Tsé citado pelo indiano Osho, “… o sábio, por não competir com ninguém, jamais será derrotado”. Alcançar esse estágio de compreensão certamento o tornará um sábio.
Por isso, nossa proposta é baseada no auto-conhecimento, nas técnicas e conceitos que possibilitarão a cada um alcançar o âmago de seu ser e, ao atingir tal estágio, permitirão acontecer o processo de crescimento e evolução pessoal, espiritual e da humanidade como um todo.
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Ser Místico

O que é ser místico?
Há muita confusão quando o assunto é misticismo, ou seus adeptos, os místicos. A primeira imagem que vem à mente é a daquele indivíduo vestido com roupas exóticas, olhar distante e frases sonhadoras ou desconexas. Ou pior, a imagem daqueles charlatães que se trajam de maneira pouco usual e usam de uma linguagem que procura ludibriar os que o ouvem.
Mas ser místico não é isso, assim como ser médico não é apenas se vestir de branco e usar um estetoscópio em volta do pescoço, dando nomes complicados para definir a situação de sua saúde.
O místico, desde os primórdios da humanidade, é aquele ser que não se contenta em se acomodar em conhecimentos superficiais ou cotidianos, pois sabe que a vida sempre lhe cobrará o preço de seu comodismo ante a extraordinária possibilidade de evolução.
Geralmente, são os primeiros a buscar respostas àquelas perguntas que a grande maioria nem sequer ousa fazer.
Ser místico é querer compreender os mistérios. E mistérios não são exatamente aqueles questões eternamente sem resposta. São enigmas ainda não resolvidos pela mente humana, quer seja sobre o mundo que o cerca, sobre o Universo como um todo, sobre as razões da vida, etc.
Portanto, místico não é somente aquele que vive a procurar fadas e gnomos, mas é aquele que aceita e se propõe a compreender aquilo que ainda não está ao alcance do nível de entendimento humano de sua época. Graças a esta semelhança, podemos dizer que, em essência, o cientista é um místico por excelência.
O fosso que se abre entre místicos e cientistas está arraigado no senso comum que define os primeiros como lunáticos, que buscam somente o sobrenatural, e os segundos como materialistas, que só aceitam aquilo que pode ser tocado e provado fisicamente.
Mas os cientistas estão avançando suas investigações para muito além daquilo que o senso comum entende por matéria e os místicos estão embasando suas filosofias em pressupostos muito mais sólidos do que imaginam os descrentes.
A diferença é que o cientista busca seu conhecimento pelo empirismo ou por desenvolvimento e teste de teorias. Já o místico, muitas vezes, lança mão de sua intuição para compreender os fatos, mesmo que não tenha como comprová-los objetivamente naquele momento.
É preciso estreitar o laço de convivência dessas duas vertentes em nome de um desenvolvimento maior do ser humano, usando a racionalidade como apoio e a intuição como impulso a novas descobertas.
Tornar o cientista um autêntico místico e o místico um real cientista!
(Autor: Alex Francisco Paschoalini)